O DIREITO À IDENTIDADE SURDA PERANTE OS AVANÇOS DA INTERFACE TECNOLOGIAS ASSISTIVAS-NEUROTECNOLOGIAS
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O DIREITO À IDENTIDADE SURDA PERANTE OS AVANÇOS DA INTERFACE TECNOLOGIAS ASSISTIVAS-NEUROTECNOLOGIAS
Historicamente, a surdez foi estigmatizada como uma deficiência a ser corrigida. Com o passar dos
anos, passou a ser reconhecida como uma identidade cultural singular, na qual a Língua Brasileira
de Sinais (LIBRAS) se consolidou como pilar fundamental. Esse reconhecimento marcou um avanço
na valorização da comunidade surda, além de distanciá-la da deficiência auditiva. Contudo, os
progressos na interface entre Tecnologias Assistivas (TAs) e neurotecnologias apresentam novos
desafios que ameaçam a identidade surda. Nesse sentido, este trabalho se dedicou a explorar como
essas tecnologias emergentes podem impactar e potencialmente diluir a identidade da comunidade
surda, sublinhando a necessidade de uma abordagem regulatória cuidadosa. Para tal, foi realizada
uma pesquisa bibliográfica em doutrinas nacionais e estrangeiras, bem como uma análise
documental da legislação internacional e brasileira, utilizando métodos dedutivo e indutivo para
análise dos dados. A conclusão é que, embora as neurotecnologias potencializem as TAs e
ofereçam novas oportunidades, é essencial que o avanço tecnológico não comprometa a identidade
surda tão arduamente construída. Ao contrário, deve servir como um catalisador para fortalecer e
preservar esse direito.